Área em disputa foi doada aos índios na época do Brasil Império. Processo está no STF há 25 anos, à espera dos ministros que vão decidir a quem as terras pertencem.
Fazendeiros estão sendo expulsos por índios armados em Mato Grosso do Sul. A área em disputa foi doada aos índios na época do Brasil Império.
Os funcionários das fazendas foram expulsos de suas casas.
"Eles chegaram armados, falando que a terra era deles e que era para todo mundo sair", lembra a cozinheira Rosilda Martins.
Os índios deram um prazo para os fazendeiros retirarem o gado. E o se encontra nas estradas é o rebanho em movimentação. Pelo cálculo de alguns fazendeiros da região, pelo menos 10 mil cabeças estão na área em disputa.
"Muitos só têm essa propriedade. E o prejuízo, quem paga?", questiona o comprador de gado Valdir de Souza Galhardi.
Já são 23 fazendas ocupadas. A equipe do Jornal Nacional foi escoltada por índios pintados para a guerra. Os procuradores da República foram conversar.
“Estamos em cima do que é nosso. Para o lado de lá eu não vou, porque sei que não é meu", diz o cacique Daniel Laxipitogo.
Os kadiweo são descendentes dos guaicuru, que lutaram pelo Brasil na Guerra do Paraguai e por isso receberam as terras do imperador. Mais de um século depois, a situação ainda não foi totalmente regularizada. A reserva dos kadweo foi homologada na década de 1980. Tem 538 mil hectares e fica entre Porto Murtinho e Corumbá.
Os fazendeiros entraram na Justiça alegando erro na demarcação. No início do século 20, as terras foram vendidas pelo governo do estado ou requeridas como áreas devolutas, sem dono. O pecuarista Antônio Albuquerque comprou a fazenda dele há quase 40 anos. "Nós estamos sendo injustiçados por nossos vizinhos. Os índios são nossos vizinhos, são fazendeiros como nós, porque eles também têm a área deles", diz.
"Esses títulos foram outorgados em áreas que não poderiam receber titulação porque era uma área indígena", explica o procurador da República Emerson Kalif Siqueira.
Há 25 anos o processo está no Supremo Tribunal Federal à espera dos ministros que vão decidir se as terras são dos índios ou dos fazendeiros.
Fonte: G1 MS
Área em disputa foi doada aos índios na época do Brasil Império. Processo está no STF há 25 anos, à espera dos ministros que vão decidir a quem as terras pertencem.
Fazendeiros estão sendo expulsos por índios armados em Mato Grosso do Sul. A área em disputa foi doada aos índios na época do Brasil Império.
Os funcionários das fazendas foram expulsos de suas casas.
"Eles chegaram armados, falando que a terra era deles e que era para todo mundo sair", lembra a cozinheira Rosilda Martins.
Os índios deram um prazo para os fazendeiros retirarem o gado. E o se encontra nas estradas é o rebanho em movimentação. Pelo cálculo de alguns fazendeiros da região, pelo menos 10 mil cabeças estão na área em disputa.
"Muitos só têm essa propriedade. E o prejuízo, quem paga?", questiona o comprador de gado Valdir de Souza Galhardi.
Já são 23 fazendas ocupadas. A equipe do Jornal Nacional foi escoltada por índios pintados para a guerra. Os procuradores da República foram conversar.
“Estamos em cima do que é nosso. Para o lado de lá eu não vou, porque sei que não é meu", diz o cacique Daniel Laxipitogo.
Os kadiweo são descendentes dos guaicuru, que lutaram pelo Brasil na Guerra do Paraguai e por isso receberam as terras do imperador. Mais de um século depois, a situação ainda não foi totalmente regularizada. A reserva dos kadweo foi homologada na década de 1980. Tem 538 mil hectares e fica entre Porto Murtinho e Corumbá.
Os fazendeiros entraram na Justiça alegando erro na demarcação. No início do século 20, as terras foram vendidas pelo governo do estado ou requeridas como áreas devolutas, sem dono. O pecuarista Antônio Albuquerque comprou a fazenda dele há quase 40 anos. "Nós estamos sendo injustiçados por nossos vizinhos. Os índios são nossos vizinhos, são fazendeiros como nós, porque eles também têm a área deles", diz.
"Esses títulos foram outorgados em áreas que não poderiam receber titulação porque era uma área indígena", explica o procurador da República Emerson Kalif Siqueira.
Há 25 anos o processo está no Supremo Tribunal Federal à espera dos ministros que vão decidir se as terras são dos índios ou dos fazendeiros.
Fonte: G1 MS