Já foi o tempo em que para se ganhar
uma eleição tinha
que ter trabalho prestado (raras exceções) e projetos para um novo
mandato (percebeu-se que projetos não valem quase nada). O que vale é o que ou
quanto o candidato tem na carteira para gastar e claro tem que saber gastar
porque senão é a mesma coisa que jogar dinheiro ao
vento.
Esse preâmbulo do nosso
artigo serve para mostrar que desde que a justiça
eleitoral, para o bem do pleito, proibiu os churrascos e lanches nas
reuniões, showmícios, camisetas e bonés, o que fazia com que os candidatos
fizessem investimentos de todos os tipos na campanha, a coisa mudou. E hoje em
dia se ‘institucionalizou’ a compra de votos na maioria das cidades. O que se
vê são as pessoas oferecendo as famosas listas de eleitores, seja com 30, 50 e
até 100 nomes, com número do título, sessões e o número do telefone para que o
candidato possa entrar em contato com os ‘eleitores’ que estão vendendo os seus
votos.
Mas se a justiça eleitoral faz esse
tipo de proibição, por outro lado, não fez ou não faz nada para combater ou
proibir a efetiva compra de voto, que é crime eleitoral. Se a policia entra em
ação e prende o candidato ou o cabo eleitoral infrator que está comprando
votos, aí entra em outra seara, esse processo tem o seu tempo de investigação
na Policia Federal, que apura esse tipo de crime, vai para a justiça e enquanto
isso, passa-se uma eternidade para se ter um resultado e quando o resultado
sai, esse candidato já perdeu o mandato ou já está em outro mandato, então o
braço da lei não consegue alcançá-lo e, quase sempre, passa o mandato impune,
raras as vezes é condenado e perde o mandato ‘comprado’.
Neste domingo (15), as redes
sociais na fronteira foram surpreendidas com fotos e imagens dos famosos
currais eleitorais que sempre são montados em Pedro Juan Caballero, cidade
paraguaia que faz fronteira com Ponta Porã. As fotos mostram até uma eleitora
na ‘boca do caixa’, ou na mesa de negociação, fechando o ‘negócio’ e saindo
para o local de votação.
A partir daí entra em cena outra
categoria, alguns taxistas (não iremos generalizar). Estes senhores recebem o
eleitor ou eleitora na porta do curral e leva para sessão eleitoral, claro tudo
por conta de um bom dinheiro.
Reclamar, esbravejar ou gritar para
quem, se as autoridades do Paraguai a cada dia vê seus agentes públicos,
político e policiais envolvidos em todos os tipos de crimes e corrupção. Se o
seu ex-presidente, é conhecido no mundo como sendo o maior contrabandista de
cigarro falsificados do mundo. Não estamos falando do povo paraguaio, honesto,
decente e trabalhador e que também, assim como os brasileiros, sofrem as
conseqüências da corrupção.
Nós, pobres mortais sem recursos, só
cabe olhar tudo isso e ficar triste. Triste, não por perder a eleição,
mas por ver como uma grande maioria da população tem preço e o pior que não é
alto, é algo em torno de 50 a 100 reais. Então, caro eleitor que vende o voto,
façamos a conta. O eleitor vende seu precioso voto por R$ 100,00. O mandato é
de 4 anos que dá 48 meses. Então, R$ 100,00 dividido por 48 meses, o candidato
eleito que comprou seu voto, paga o valor de R$ 2,08 mensais pelo voto
comprado. Será que a falta de fiscalização no executivo, falta de leis que
beneficiem a comunidade, incentivo ao turismo, cultura, esporte, vale esses R$
100,00
E pra finalizar, não vamos nem falar
que a venda do voto cobra um preço caro depois, porque quem vendeu o voto não
esta nem aí para tudo de errado que acontece na política ou na cidade.
Vale destacar que em várias cidades do Conesul e Fronteira houve várias reclamações de compra de votos, principalmente de candidatos a vereador. Várias pessoas indignadas nos municípios de Sete Quedas, Tacuru, Paranhos, Iguatemi, Coronel Sapucaí entre outros, que não estão aceitando os resultados das eleições.
Vamos continuar a trabalhar, eu e a
Dora, no que a gente sabe muito bem fazer, levando noticias e informações.
Acredito que alguns profissionais do táxi poderão ficar bravos com o artigo,
mas “navegamos” dentro do poder e sabemos que a velha máxima continua valendo,
manda quem pode, obedece quem tem juízo.
Fonte : PONTAPORAINFORMA
