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Clubes de laços investem alto no esporte

O Laço Comprido no Mato Grosso do Sul é um dos esportes que mais recebe investimentos, e esses investimentos vem dos clubes, dos órgãos públ...

O Laço Comprido no Mato Grosso do Sul é um dos esportes que mais recebe investimentos, e esses investimentos vem dos clubes, dos órgãos públicos, mas principalmente, dos próprios membros.
Como em qualquer outra competição esportiva, os melhores se destacam e levam suas equipes aos títulos; com os títulos vem o reconhecimento, e o reconhecimento trás a valorização. Aí entra a necessidade de investimentos nos laçadores.
“Hoje, qualquer equipe de ponta, que deseja realmente conquistar uma taça de ouro, ou até mesmo a Copa do Laço (Campeonato Estadual), tem que contar com uma equipe de laçadores bons. E hoje, os bons têm seu preço”, ressaltou Teixeira Escobar, que laça pelo Az de Ouro de Paranhos.
Basicamente um laçador custa ao seu clube R$ 350 mensal (veja a tabela), não contando com a aquisição de cavalos e apetrechos. Alguns chegam a ser contratados com salários de R$ 1000 ao mês; caso do laçador Ramão Vieira dos Santos, o Ramãozinho, que laça por Coxim. Além do salário tem todas as despesas pagas e ‘trabalha’ três dias por mês.
Outro benefício dos laçadores de pontas são os prêmios que podem receber sem ter que dividir com seus ‘empresários’. Ramãozinho, por exemplo, ganhou uma camionete S-10, ao lado do laçador Luciano Camargo, no final de semana passado, na cidade de Paraíso do Norte, interior do Paraná.
“Já ganhei mais de 20 carros, nem me lembro direito. Mas laço pelo amor ao esporte mesmo”, disse Ramãozinho que é tri campeão estadual individual, e tetra por equipe.

O precursor

Teixeira Escobar talvez seja o precursor dos contratos feitos aos laçadores. Após laçar por muitos anos pela equipe União Amambeiense, Teixeira foi convidado pelo então prefeito de Paranhos, Heliomar Klabunde, no ano de 2000, para um ousado projeto no clube da cidade.
“Ele (Heliomar) queria levantar o nome do clube no esporte, me perguntou qual valor seria necessário para montar uma equipe competitiva”, lembrou o laçador.
O desafio foi lançado e Teixeira montou sua equipe, formada por Michel, Ramãozinho, Augusto César e Machadinho; além de Teixeira. A equipe não conquistou o título estadual - troféu que até hoje falta no rol do clube - mas “ganhamos a primeira Taça de Ouro, a primeira classificação para a Copa do Laço. Os resultados vieram”, lembra Teixeira.
De lá pra cá se passaram 10 anos e Escobar ainda segue no clube Az de Ouro, atrás do sonhado título estadual. “Enquanto tivermos condições, vamos brigar”, diz.
A equipe está na sétima colocação com 535 pontos. Se a etapa classificatória terminasse hoje, o clube não estaria classificado para a fase final, a Copa do Laço, e o sonho do título teria que ser adiado para o ano que vem.
Teixeira patrocina duas equipes para o Az de Ouro; uma despesa de quase R$ 4 mil reais. Dois de seus laçadores recebem salários mensais.

Prefeituras

As maiorias dos clubes das cidades que compões o grupo C (que abrange nove municípios do Cone Sul) já contam com verbas públicas, vindo das prefeituras. Os valores giram entorno de R$ 25 a R$ 30 mil ao ano. Clubes como o Estrela de Iguatemi (Iguatemi), Az de Ouro (Paranhos) e Olinto de Jesus Cardinal (Aral Moreira) investem o dinheiro recebido das prefeituras nas equipes de laçadores.
Já clubes como o Lino do Amaral Cardinal (Ponta Porã) e União Amambaiense (Amambai) direcionam esses valores para as realizações das chamadas “Festa do Laço”, o que é duramente criticada pelos laçadores.

O último clube a garantir o apoio da prefeitura foi o Aliança da Fronteira, de Sete Quedas. A equipe que vem bem na competição, conta com duas equipes contratadas do Paraná.
Na semana passada, a Câmara de Sete Quedas aprovou um repasse da prefeitura para o clube de R$ 26 mil ao ano.
Os municípios investem por que tem retorno. Além da promoção da cidade, os clubes que participam do campeonato têm direito a promover o “Encontro do Laço”, uma etapa da competição em sua cidade sede. A média de público de um encontro é de 10 mil pessoas, movimentando de forma significativa o comércio.
Quem não tem estrutura, como Aral Moreira e Iguatemi, podem promover suas etapas em outras cidades ou simplesmente optar por não sediar uma etapa.
“Sem o apoio da prefeitura, é impossível um clube se manter na ponta, disputando título. Hoje o laço é como futebol, precisa de dinheiro para conquistar alguma cosia”, destacou Lourenço Corrêa, patrão do Aliança.

Laçadores de Amambai, não estão em Amambai

Com a política de investir pesado na realização das festas, os laçadores de Amambai a cada ano migram para os clubes da região (confira a tabela).
A maioria dos laçadores de Amambai ainda sonham por defender o município. “Meu sonho é tornar a laçar por Amambai. Estamos conversando, quem sabe ano que vem, eu retorne”, revelou Ramãozinho.
“Estou muito bem no Az (de Ouro), mas minha cidade é aqui, nasci aqui, claro que gostaria de laçar por Amambai. Mas por enquanto o meu apoio é lá em Paranhos”, declarou Teixeira.

As melhores festas do Estado

Em contrapartida, o município de Amambai, conquistou nos últimos anos o prêmio de Melhor Festa do Estado, o que garante, a cada ano, um público cada vez maior na festa. Para o município é economicamente interessante.

fonte : correiodoconesul

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