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BOLETIM DA REGIÃO

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Representantes de Sete Quedas Participam de Mega Protesto de Produtores

sexta-feira, 7 de junho de 2013

/ Nova Mídia





Na manhã desta sexta-feira (7) Campo Grande viveu um dia de manifestações. Nos altos da Avenida Afonso Pena, o Movimento Nacional de Produtores (MNP) fazia a vez trazendo para as ruas a indignação que os produtores rurais estão sentindo do Governo Federal, na questão das invasões indígenas em suas terras.
Para a representante do Sindicato Rural de Sete Quedas, Ana Carolina Negrisolli, a região sofre com os ataques dos índios kadiwéus, lá eles reivindicam
Ela que trajava uma roupa com características de quem vive no campo, bota e calça apertada mostrava sua revolta com um nariz de palhaço.  “Em tempos de crise eles somem, nos abandonam, mas precisam de nós, alias todos estão sem aparo, tanto os produtores quanto os índios”, afirma. cerca de 12 mil equitares de terra. E mais uma vez cobra um posicionamento do governo. “Eles devem dar uma resposta imediata, estamos abandonados pelo Governo Federal”, alega.

.“Pagamos impostos, compramos insumos de produção e estamos vivendo na insegurança. Precisamos de uma reposta imediata do Governo”, afirma.
Emanuele Emilio que faz parte do MNP disse que eles estão lutando pelos seus direitos. "Queremos mostrar que não queremos guerra, e sim paz, estamos dentro da lei”, comenta.
Eles pedem que o Governo Federal tome um posicionamento diante dos fatos ocorridos, alegam que pagam imposto sobre tudo que produzem além de possuírem as escrituras de suas propriedades que hoje se encontram invadidas. “Tem que haver uma atitude do Governo Federal, eles foram omissos abandonando a Funai,  e os órgãos responsáveis.”
“Hoje vivemos no limite, se o Brasil perder a quantidade de terras produtivas, o Produto Interno Bruto (PIB) cai, e todos perdem até eles”, afirma.
Indignada com essa questão da reforma agraria que não vem de hoje, Emanuele diz que o país inteiro deveria pagar e não somente os produtores rurais, afinal eles já estavam aqui quando a Avenida Paulista e Copacabana foram erguidas. “Porque só nós pagamos essa divida histórica, dessa maneira o país vai deixar de ser ordem e progresso para ter estampado na bandeira desordem e progresso”. 
Marina Kroll teve a fazenda do seu avô invadida, localizada em Bonito a fazenda Santa Clara sofreu esta semana a quarta invasão. “Desde 2009 estamos com um processo rolando, e a juíza já estipulou uma multa”. Ela conta que perderam tudo na propriedade, 380 cabeças de gados até os moveis da fazenda foram vendidos. “Cheguei a ver índios vestindo as minhas roupas, conseguimos recuperar alguns pertences pois tivemos que compra-los novamente”.
Ao som do Berrante e trajando uma camiseta com a frase “Baderna, desordem, destruição. Que reforma agrária é essa?”. Nas costas, os dizeres são: “Nós alimentamos o Brasil” a passeata contou com a participação de quase 300 produtores e fazendeiros, além do carro que seguiu cortejo houve um grupo que optou por mostrar o sistema rustico de onde vivem, utilizando como transporte o cavalo.
Outro lado
Na Praça do Radio Clube, que fica também na Avenida Afonso Pena, o cenário de protesto possui poucos trajes, os índios caracterizados dançavam na Concha acústica que fica na praça e o pessoa do Movimento Sem Terra (MST) encenava junto a eles uma peça, mostrando a luta que eles vêm enfrentando diariamente para possuir os seus direitos reconhecidos.
A marcha deles teve cerca de 700 pessoas, eles saíram na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e pararam na praça para receber as autoridades.
Segundo o coordenador nacional do MST José Batista, no local vai ter um ato nacional, e representantes nacionais como o deputado Marcon do PT/RS que é um dos responsáveis que discute a reforva a agraria na câmara está presente na manifestação. Além deles Laerte Tetila (PT/MS) e Zeca do PT devem comparecer a CNBB representantes da igreja católica também.
Os dois movimentos pediam que o Governo Federal tomasse uma medida imediata.
As manifestações ocorrem simultaneamente e o policiamento esta presente para que não haja nenhum problema. A Polícia Militar traçou uma rota para o movimento rural não passar próximo dos manifestantes do MST.
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