Um jovem de 25 anos, líder da Juventude Liberal do distrito de La Colmena, no departamento de Paraguarí, morreu baleado na cabeç...
Um jovem de 25 anos, líder da Juventude Liberal do distrito de La Colmena,
no departamento de Paraguarí, morreu baleado na cabeça durante
a reeleição presidencial. O tiro teria sido disparado por um policial,
informa a imprensa paraguaia.
O rapaz foi baleado logo após a polícia invadir a sede do Partido Liberal
Radical Autêntico (PLRA), na capital Assunção. O jovem foi identificado
como Rodrigo Quintana, presidente da Juventude Liberal de La Colmena.
Segundo testemunhas informaram aos portais “ABC” e “Ultimahora.com”
policiais invadiram o prédio e forçaram as pessoas a se deitarem no chão.
Um policial atingiu Quintana com ao menos um tiro. O jovem foi levado
ao Hospital de Traumas, mas não resistiu ao ferimento e morreu.
A senadora Desirée Mais disse ao ABC que Quintana tinha mais de um
ferimento a bala no corpo e que várias pessoas foram agredidas.
A morte de Quintana também foi confirmada por Efraín Alegre, presidente
do PLRA, à agência de notícias EFE. “Policiais invadiram a sede do
partido de forma bárbara e dispararam contra manifestantes. Alguns
foram atingidos e estão gravemente feridos”, afirmou.
Testemunhas disseram ainda que vários integrantes estavam se
regrupando após os protestos e fugiram para a sede do PLRA por causa
da truculência da polícia nas ruas.
O senado do Paraguai, dominado por partidários do presidente Horacio
Cartes, aprovou a reeleição presidencial nesta sexta, o que deflagrou
incidentes entre opositores e a polícia. Manifestantes conseguiram
entrar no prédio do Congresso, que fica no centro histórico de
Assunção. A polícia disparou balas
de borracha, e os manifestantes colocaram fogo no prédio. O canal
Telefuturo transmitiu a confusão em frente ao Parlamento.
Durante as primeiras horas de manifestações, 12 pessoas ficaram
feridas. Os protestos mais violentos tiveram início na tarde de sexta,
na Praça de Armas,
ao lado do Congresso paraguaio, edifício atacado pelos manifestantes.
Bombeiros controlaram as chamas do Congresso, local que teve
grandes danos materiais, e em seguida, os manifestantes foram
para as imediações do
Panteão Nacional dos Heróis, também no centro histórico da capital
Um grupo de manifestantes fechou a Ponte da Amizade na noite
desta sexta,
após o Senado paraguaio aprovar uma emenda constitucional que
permite a reeleição do presidente no país. A ponte entre Foz do
Iguaçu e Ciudad del Este
é a principal ligação entre o Brasil e o Paraguai.
De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), que monitora o
tráfego de veículos no lado brasileiro, a interdição da ponte é total,
ou seja, os carros não podem fazer a travessia em nenhum dos
dois sentidos. Não há previsão para
que o trânsito seja liberado no local.
Sessão na Câmara dos Deputados
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Velázquez, convocou
a uma sessão para este sábado (1º/4), onde seria debatida a emenda,
mas posteriormente desconvocou para evitar novos incidentes.
Presidente pede calma
Após a invasão do Congresso, o presidente Horacio Cartes divulgou
e que "não
se deixem levar por aqueles que há meses vem anunciando atos de
violência
e derramamento de sangue".
Segundo o presidente, a invasão e o incêndio demonstram que existe
um grupo que "não poupará esforços para alcançar seu objetivo de
destruir a democracia
e a estabilidade política e econômica do país".
"Devemos construir e defender o Paraguai todos juntos. A violência
não é o caminho. Seguimos vivendo em um estado de direito e não
devemos permitir
que alguns bárbaros destruam a paz, a tranquilidade e o bem estar
geral do
povo paraguaio", conclui a nota.
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