Porém um fato acontecido em Gravataí, na grande POA, na última sexta-feira (25) deixou a sociedade em estado de choque. Dois elementos condenados pelo tribunal do crime foram filmados cavando a própria cova e na sequência foram friamente executados. Os bandidos executados já foram identificados pela polícia, são dois primos, Victor Rosa, 22 anos, e Wagner Rosa, menor de idade, 17 anos.
Os dois jovens entram no buraco, deitam e se ajeitam no espaço. À espera dos disparos fatais que estão por vir, um deles cobre a lateral do rosto com uma das mãos. Dois segundos depois começa o fuzilamento. É possível ouvir pelo menos dez tiros sendo disparados. Em meio à fumaça, os corpos balançam cada vez que são atingidos. O homem que aparece no início do vídeo chega a se abaixar para acertar um tiro no rosto de uma das vítimas. Na sequência, os bandidos discutem se as vítimas estão mesmo mortas, jogam combustível nos corpos, sacos plásticos e ateiam fogo. A ousadia dos delinquentes é tamanha, que nenhum deles se preocupa em cobrir o rosto para esconder a identidade.
O caso ocorreu na cidade de Gravataí, na região metropolitana de Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul. Na tarde da segunda-feira (28), a Polícia Civil localizou corpos de dois homens carbonizados num buraco em um matagal e confirmou que se tratam dos jovens vistos nos vídeos. A identidade das vítimas ainda não foi divulgada. “Há relatos de testemunhas de que o crime teria ocorrido na sexta-feira [25]”, afirma Felipe Borges, titular da Delegacia de Homicídios de Gravataí. “Inicialmente, acreditamos que a motivação seja uma disputa entre facções que se dedicam ao tráfico no Rio Grande do Sul.” As autoridades dizem acreditar que os dois jovens assassinados são integrantes da organização Bala na Cara, rival da Antibala. A Polícia Militar prendeu dois suspeitos de participarem dos crimes – por falta de provas, um deles já foi solto.
Obrigar uma vítima a cavar sua própria sepultura é uma prática conhecida do PCC. Antes de executá-la, a vítima é submetida ao que os agentes da segurança pública chamam de tribunal do crime, um julgamento paralelo coordenado por uma complexa hierarquia da facção criminosa. Segundo investigações, o PCC controla parte da periferia de São Paulo, julga integrantes da organização e moradores que descumprem seus códigos de conduta – em casos mais graves, mata quem desrespeita suas “leis”. Os corpos são desovados em cemitérios clandestinos. Em julho do ano passado, ÉPOCA contou a história de um sobrevivente do tribunal do crime na capital. E mostrou que, de 2005 a 2015, o número de ocorrências de destruição, subtração ou ocultação de cadáveres em São Paulo subiu 191%, segundo os dados da Secretaria de Estado da Segurança Pública obtidos via Lei de Acesso à Informação.
Presente na criminalidade em todos os estados, o PCC está em processo de expansão no país e na América do Sul. Desde que romperam relações com o Comando Vermelho, de quem eram aliadas, quadrilhas locais que fazem parte da organização paulista têm protagonizado conflitos com suas rivais. Os vídeos indicam que a prática do tribunal do crime, até então restrita a São Paulo, pode ter se espalhado para outras regiões do país junto com os integrantes da facção.
O vídeo é chocante e as imagens são extremamente fortes.
As cenas são lamentáveis e demonstram que a bandidagem está solta, sem medo, sem receio e sem qualquer preocupação, filmando a suas ‘façanhas’.
VEJA O VÍDEO :
As cenas são lamentáveis e demonstram que a bandidagem está solta, sem medo, sem receio e sem qualquer preocupação, filmando a suas ‘façanhas’.
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