O ministro do Supremo Tribunal Federal Luís Roberto Barroso, que vai assumir a presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na próxima semana, disse nesta sexta-feira (22) que as eleições municipais deste ano poderão ser realizadas em dois dias no primeiro turno, ou em horário estendido.
A votação marcada para
outubro pode ainda ser dividida por faixa etária dos eleitores.
Para a realização em dois dias no primeiro turno, seria preciso um gasto adicional
de R$ 180 milhões, que é o custo estimado pelo TSE de um dia adicional de
eleição. Diante do quadro de crise fiscal, porém, outra possibilidade seria expandir
o horário de votação, para que dure 12 horas, o que teria um custo menor.
“Em vez de irmos até as 17h, irmos talvez até as 20h, e começar às 8h. Portanto,
iríamos de 8h às 20h, 12 horas de votação. Esta é uma ideia, é uma possibilidade.
Essa não depende de lei, podemos nós mesmos regulamentar no TSE”, disse o
ministro, durante uma live promovida pelo jornal Valor Econômico.
A Justiça Eleitoral estuda ainda fazer a votação dividida por faixa etária, nos
diferentes turnos do dia de votação. Para isso, é preciso “ouvir sanitaristas [para
saber] se colocaríamos os mais idosos votando mais cedo, depois os mais jovens
na hora do almoço. A gente tentar fazer uma divisão dessa natureza”, disse
Barroso.
O ministro disse, ainda, que mantém diálogo constante com os presidentes da
Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP),
sobre o eventual adiamento do calendário eleitoral. Para a alteração do calendário,
é necessária que o Congresso aprove uma proposta de emenda constitucional
(PEC).
A definição sobre o adiamento das eleições depende ainda da trajetória da curva
de contaminação do novo coronavírus, afirmou Barroso. “Em meados de junho
será o momento de se bater o martelo”, finalizou ele.
Fonte : agazetanews