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BOLETIM DA REGIÃO

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Após Enterro, Indígenas Ocupam Fazenda Onde Ocorreu Conflito Entre a Polícia em MS

quarta-feira, 29 de junho de 2022

/ Nova Mídia


Vários indígenas foram ao enterro de indígena morto em conflito.  — Foto: Iara Cardoso/Reprodução

Após o enterro de Vito Fernandes, de 42 anos, os indígenas Guarani Kaiowá voltaram a ocupar a fazenda, em Amambai (MS), onde ocorreu conflito entre a polícia na sexta-feira (24). Não foi registrado confronto na nova retomada de terra.

Ao chegar na sede da fazendas, cerca de 700 indígenas encontraram seis seguranças particulares que saíram do local após pedido dos próprios indígenas, segundo informações de testemunhas no local e do Conselho Missionário Indigenista (CIMI).


Conforme informações apuradas pelo g1, os indígenas retomaram o a fazenda logo após o enterro que ocorreu a partir de um acordo entre a Defensoria Pública da União (DPU), o Ministério Público Federal (MPF) e fazendeiro, após a família da vítima pedir para que o corpo fosse sepultado no local onde Vitor foi morto.

Corpo de Vitor é sepultado na área de conflito.  — Foto: Martim Andrada/TV Morena

Corpo de Vitor é sepultado na área de conflito. — Foto: Martim Andrada/TV Morena


ENTENDA O CASO

O confronto entre indígenas e policiais ocorreu na madrugada de sexta-feira (24) devido à disputa de área vizinha a aldeia Amambai, a segunda maior do estado, com cerca de 7 mil moradores. Para os indígenas, as terras fazem parte do território Guapoy, que pertencia aos ancestrais dos povos originários e seria parte da reserva.

De acordo com o coordenador do Conselho Indigenista Missionário (CIMI) em Mato Grosso do Sul, Matias Benno, disse que os indígenas da etnia Guarani Kaiowá estão na região da fazenda onde ocorre o conflito há alguns dias e que entre quinta e sexta-feira (dias 23 e 24) fizeram o que chamam de “retomada” da área que consideram tradicional.

Ao todo, foram sete indígenas feridos e um morto. Outros três policiais militares também se feriram.

Após a “ocupação” sob a ótica dos indígenas, a Polícia Militar foi acionada, para combater, o que seria na visão da proprietária da terra, o grupo VT Brasil, uma “invasão”.

Segundo o secretário de Justiça e Segurança Pública, Antônio Carlos Videira, o conflito se iniciou quando indígenas atacaram os policiais militares, acionados para "coibir uma invasão" e garantir a “segurança daqueles que estavam nas residências". Videira alegou que a ida do Batalhão de Choque foi "necessária".

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