BOLETIM DA REGIÃO

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No Inverno idosos têm risco maior de complicações com gripe H1N1

segunda-feira, 7 de julho de 2025

/ Nova Mídia

 

Com a chegada das temperaturas mais baixas, crescem os casos de gripe e, junto com eles, o alerta para a proteção dos idosos. Embora o vírus H1N1 não seja hoje o subtipo mais grave da influenza, ele ainda figura entre os responsáveis por hospitalizações e mortes, especialmente entre pessoas com saúde mais frágil.

De acordo com o Ministério da Saúde, até a 22ª Semana Epidemiológica de 2025 (encerrada em 31 de maio), o Brasil registrou 3.079 casos notificados de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) causados pelo vírus Influenza A (H1N1). O número já supera os 2.951 registros do mesmo período de 2024, indicando um aumento de aproximadamente 4,3% nas ocorrências da doença. Além disso, levantamento do InfoGripe, da Fiocruz, indica que a influenza A representa mais de 36% dos casos confirmados e está associada a 72,5% dos óbitos por infecções respiratórias.

A complicação mais comum e grave da gripe é a pneumonia, que pode ser causada pelo próprio vírus ou por bactérias oportunistas que se aproveitam do pulmão inflamado. Os sintomas, nesses casos, são mais intensos, como falta de ar, cansaço extremo, secreção pulmonar, baixa oxigenação e até insuficiência respiratória.

Entre as pessoas mais velhas, é fundamental dar atenção especial aos idosos em situação de fragilidade. “Não é só a presença de comorbidades que preocupa, mas um estado geral de fragilidade, caracterizado por fraqueza, cansaço, inatividade física e emagrecimento. Esses são os mais suscetíveis a complicações causadas pelo vírus e, por isso, exigem cuidados redobrados”, pontua a geriatra.

A gripe em idosos pode se apresentar de maneira diferente. “De fato, é comum que os idosos tenham manifestações atípicas. Quanto maior a fragilidade, menos evidentes podem ser os sinais”, explica a médica. Ainda assim, coriza, tosse, espirros, congestão nasal e lacrimejamento costumam estar presentes.

Outros sintomas, menos evidentes, também devem acender o sinal de alerta. “Em alguns casos, a gripe pode se manifestar com confusão mental, assim como acontece em outras infecções. A febre nem sempre está presente, mas se houver sintomas respiratórios e a pessoa apresentar um declínio no estado geral, como sonolência, falta de apetite ou ficar mais quieta e abatida, isso costuma chamar a nossa atenção”, salienta. Nesses casos, é importante procurar atendimento médico imediato.

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