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A deputada estadual Mara Caseiro (PTdoB) criticou hoje (8) a desvalorização dos policiais federais, que estão em greve desde ontem em todo o Brasil, e declarou apoio às reivindicações da categoria.
Após ouvir os motivos da paralisação, relatados pelo presidente do Sindicato dos Policiais Federais de Mato Grosso do Sul, Jorge Luiz Ribeiro Caldas da Silva, a parlamentar lamentou as condições de trabalho destes profissionais, principalmente na fronteira seca com Paraguai e Bolívia.
“Hoje se fala no programa Brasil carinhoso, mas Brasil carinhoso sem segurança? Sem valorização dos profissionais que realmente cuidam da população, mesmo sem condições, aparelhamento e viaturas? É complicado para eles combaterem o crime organizado nessas condições, principalmente na fronteira. A gente vê a dificuldade dessas pessoas, acompanha isso no dia a dia lá na fronteira. Mesmo assim, com todas as dificuldades, continuam fazendo seu trabalho. Então venho aqui, trazer meu apoio a esta categoria”, afirmou.
O presidente do sindicato que representa a categoria ocupou a tribuna da Assembleia Legislativa e contou que os grevistas pedem a reestruturação de três carreiras (agente, escrivão e papiloscopista) e o reconhecimento delas como de nível superior. Eles querem ainda melhores condições de trabalho. Conforme o sindicato, as delegacias de Corumbá e Ponta Porã, ambas em região de fronteira, estão sucateadas.
Jorge Luiz justificou que a greve foi a última alternativa encontrada pelos policiais federais após três anos de negociação com o governo. Contou ainda que 30% do efetivo continua trabalhando e que a segurança das fronteiras permanece sendo feita.
Representantes da categoria foram recebidos pelo presidente da Casa, Jerson Domingos (PMDB). Ele colocou toda a estrutura da Casa, incluindo a TV Assembleia, à disposição dos policiais para que eles possam explicar para a população os motivos da paralisação.
Terceira vice-presidente da Assembleia, Mara Caseiro reafirmou este posicionamento e afirmou que os parlamentares devem fazer gestões junto à bancada federal de Mato Grosso do Sul, visando encontrar soluções para esta questão.
“Esperamos aqui que a nossa voz possa ser ouvida pela nossa presidente Dilma, pelo nosso governo, para que a ordem possa ser restabelecida, através da valorização dos servidores públicos federais, que fazem acontecer em nosso País”, finalizou.