O inquérito policial apura se houve crime de charlatanismo já que um folheto promovendo a igreja mostra imagens do jovem com uma alergia na pele e outra com a pele já amenizada das feridas, alegando que Danilo foi curado de forma sobrenatural.
Danilo é paraplégico, pois há seis anos sofreu um acidente e no mês de junho apareceu em sua pele algumas manchas e feridas diagnosticadas pelos médicos como uma alergia provocada pela poeira, já que a casa do jovem passava por reformas.
Os pais do garoto, Angelina Diniz e Amadeu Messias iniciaram o tratamento receitado pelo dermatologista com injeções e pomadas, mas um familiar convidou o pastor da Igreja Mundial para fazer uma oração por Danilo.
Ao visitar a casa o religioso teria prometido que o jovem ficaria bom em sete dias, ficando livre dos ferimentos causados pela reação alérgica e também que ele voltaria a andar. Então pediu para tirar uma foto para deixar de “recordação”. Dias depois um obreiro da igreja encontrou com Danilo e percebeu a melhora, creditada ao uso dos medicamentos, e assim o pastor voltou e tirou mais uma fotografia.
Danilo garante que não autorizou o uso de suas fotografias e por isso, além do crime de charlatanismo, a policia também investiga se houve crime de estelionato, caso alguém tenha dado ofertas iludido com o suposto milagre.
Pastor admite que usou a imagem do jovem
O pastor Fabrício Miguel prestou depoimento para o delegado Tristão Antônio Borborema que investiga o caso alegando que a família autorizou o uso das fotos, mas foi uma autorização verbal.
Para justificar o folheto, o religioso alega que queria incentivar os fiéis a exercerem a fé diante da melhora das manchas que estavam desaparecendo do corpo de Danilo.
Além dos folhetos mostrando o “antes e depois”, dizendo que a melhora foi graças as orações, a igreja também criou uma cartaz de 175 cm por 140 cm com as mesmas imagens. O detalhe é que não mostra o rosto do jovem, mas parte de seus braços e tórax.