Por volta das 11h20, o capataz da fazenda Mestiça, Adão Rocha, almoçava com a família e o pessoal do serviço. O que eles não imaginavam era que uma tragédia estava para acontecer. Eles presenciaram a queda do avião Bonanza, que transportava os pecuaristas Geraldo Ribeiro Junior e Guilherme Prata, próxima a divisa do município de Porto Murtinho e Bonito, distante cerca de 437 quilômetros de Campo Grande
A esposa de Adão, Maria Rocha, disse que no momento em que passou sobrevoando a sede, o avião estava fazendo um barulho estranho. “Na hora que passou por cima da sede eu vi. Estava fazendo um barulho esquisito, acelerava e parava e de repente caiu lá na invernada. Foi um susto”, disse Maria.
O capataz conta que no momento do estrondo, estava com pelo menos mais seis funcionários da fazenda e todos correram para ver se conseguiam ajudar. “Na hora a gente saiu correndo lá pra ver. Mas quando caiu, bateu no chão e explodiu”, disse.
Adão informou que a distancia de onde estavam na sede ate o local do acidente era de cerca de mil metros.”Não era muito longe. Nós corremos, pegamos um trator para levar água e apagar o fogo. Na hora eu liguei para o patrão e ele entrou em contato com a polícia e todo mundo”, declarou.
Conforme Adão, os corpos ficaram parcialmente carbonizados. “É a primeira vez que a gente vê uma coisa dessa. Todo mundo ficou assustado. É muito triste mesmo. Só estando lá pra saber”, finalizou.
