Empresários que precisam manter freezers e câmaras frias já começam a planejar alternativas De acordo com a ANEEL, no dia 3 de abril...
Empresários que precisam manter freezers e câmaras frias já começam a planejar alternativas |
De acordo com a ANEEL, no dia 3 de abril sua diretoria colegiada se reúne para deliberar sobre a solicitação da empresa estadual. Se o reajuste for aprovado, passa a valer a partir do dia 8 do próximo mês.
A Enersul divulgou um comunicado no qual justifica o possível aumento nos valores cobrados. Dentre os motivos, foi elencado o “Índice de Reajuste Econômico de 4,69%, sendo 2,72% relativos ao reajuste de itens não gerenciáveis pela empresa, como energia comprada, encargos setoriais e transporte de energia; e, 1,97% relativos aos itens gerenciáveis, quais sejam: operação, manutenção e ampliação do sistema elétrico e do atendimento”.
Outra alegação da empresa estadual para reaver os custos da energia elétrica diz respeito aos componentes financeiros de 2,56%, “que incorporam programas oficiais na tarifa, como subsídios para consumidores de baixa renda, geração renovável, irrigação e programa Luz para Todos, entre outros”,
Além disso, também há a justificativa de que “os componentes financeiros que haviam sido incorporados no reajuste tarifário de 2011 devem ser deduzidos, os quais representaram o percentual 4,18%, resultando, assim, um impacto médio no valor final da conta de energia elétrica em 3,07%”.
Entre os consumidores de energia elétrica a possibilidade de reajuste não foi bem recebida. Para Bruce Louvera, por exemplo, é difícil encontrar alternativas para absorver os altos custos. O empresário de 27 anos possuiu uma conveniência em Dourados e gasta em média R$ 1.200 mensais para manter seis freezers e uma câmara fria. “Provavelmente vai ter que ser repassado [o reajuste] para o consumidor”, avalia.
E essa possibilidade também é cogitada por Cecília Sandi. Proprietária de uma sorveteria, ela gasta mais de R$ 1.000 por mês para manter 11 freezers. Além disso, tem os custos de duas câmaras frias na fábrica de sorvetes da família. “Nossa energia é muito cara. A gente costuma fazer um rodízio no inverno para tentar economizar”, explica, ressaltando a necessidade de “diminuir despesas” para não comprometer o orçamento.
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