Homem foi ouvido na tarde deste sábado (17), em Campo Grande. Ele admitÍu que presenciou a agressão, mas negou envolvimento no caso. Do G1 M...
Ele admitÍu que presenciou a agressão, mas negou envolvimento no caso.
A Polícia Civil em Campo Grande interrogou na tarde dete sábado (17) o homem que levou a cachorrinha vira-lata de 3 meses de idade para a clínica depois que o animal foi agredido e perdeu o movimento das patas traseiras. Em entrevista ao G1, ele negou que tivesse chutado o animal, mas presenciou a agressão. O nome da cachorrinha é Mel.
O homem, que preferiu não ter o seu nome divulgado, prestou depoimento a delegada Suzimar Batistela, da delegacia Especializada de Repressão a Crimes Ambientais e Proteção ao Turista (Decat) durante 1h30. Ao G1, o rapaz negou envolvimento na agressão. “A cachorrinha não era minha, jamais ia deixar que alguém fizesse isso com ela”. No entanto, ele admite que presenciou a agressão, mas não esclareceu que teria chutado a cadela ou em quais circunstâncias isso teria acontecido.
Depois de prestar depoimento, o rapaz não quis mais fazer qualquer comentário. A delegada Suzimar Batistela também disse que não falaria sobre o assunto nesse fim de semana, mas adiantou que o inquérito deve ser encerrado na próxima semana.
“Vamos identificar se o autor é o próprio dono ou algum parente dele”, afirma a delegada. Um laudo oficial das lesões da filhote será encaminhado para a Polícia Civil e deve auxiliar nas investigações. De acordo com Suzimar, um laudo preliminar foi encaminhado pela clínica veterinária onde a Mel está internada há 20 dias.
Mel teve fratura na tíbia e os membros inferiores ficaram paralisados, a cadela não anda e não consegue se equilibrar nas patas da frente. A filhote toma medicamentos para fortalecimento muscular e vitaminas. A médica veterinária Ana Lúcia, que está atendendo a Mel, afirma que uma cirurgia, sessões de fisioterapia e acupuntura serão necessárias para que a cadela tenha melhor qualidade de vida. “As chances dela andar são mínimas, depois da cirurgia vamos avaliar a condição clínica dela”.
Depois de estabilizar a saúde do animal, a médica divulgou o caso nas redes sociais. A foto da cadela foi visualizada por várias pessoas e a lista de possíveis novos donos da Mel já passa de 100 pessoas de cidades como Rio de Janeiro, São Paulo, Campinas e até Londres, na Inglaterra.
Comoção
Médicos veterinários de várias especialidades se prontificaram a atender a filhote depois que souberam do caso pela internet. Um médico ortopedista irá realizar a cirurgia sem cobrar nada. Fisioterapeutas e acupunturistas devem auxiliar no tratamento da cadela.
Uma cadeira de rodas adaptada, conhecida como carrinho, também deve ser doada para que Mel consiga se locomover com as patas da frente. “No início queríamos um dono, agora estamos buscando doações para que ela tenha toda o tratamento de ótima qualidade sem custo algum”, afirma Ana Lúcia.
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