Polícia Militar diz que teste do bafômetro do condutor apontou embriaguez
Um motorista de caminhão, de 59 ano,s perdeu o controle da direção do veículo e derrubou um poste em cima de uma casa, na tarde desta quinta-feira (8), em Campo Grande. O acidente deixou a rua, que fica no bairro Nova Campo Grande, sem energia. A empresa concessionária do serviço disse à Polícia Militar que o problema deve ser resolvido até as 18 horas.
Segundo informações da Companhia Independente de Policiamento de Trânsito (Ciptran), que esteve no local da colisão, o homem não teve ferimentos. Conforme os policiais, ele atingiu o poste com a lateral do caminhão, voltou para o meio da rua e parou a cerca de 50 metros do local da batida.
A polícia disse que o teste do bafômetro feito no motorista deu 0,69 mg/l, o que configura embriaguez. O homem foi levado para a Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac) do bairro Piratininga.
O condutor trabalhava para uma empresa transportadora e estava levando uma carga de chinelos.
“Foi muito rápido. Foi de repente. Em quarenta anos, nunca aconteceu isso comigo. Eu perdi o reflexo”, disse o motorista ao G1 ao ser questionado sobre como o acidente teria ocorrido. De acordo com a polícia, o caso deve ser registrado como embriaguez ao volante.
Dano
A casa onde o poste caiu pertence a Sueli Martins, que trabalhava no mercado da família ao lado da residência no momento do acidente. Segundo ela, parte do telhado e da varanda foram destruídos. O carro foi danificado pelas telhas que caíram.
“Para mim foi prejuízo em dobro. Além da casa, parte do meu mercado está sem funcionar [em função da falta de luz]. Nós temos setor de refrigeração, açougue, câmara fria e congelados, que estão parados”, relata.
Em frente ao local existe uma sorveteria que pertence a Maxilaine Santos Cruz, 32 anos. Segundo ela, a mercadoria já começou a derreter por causa da falta de luz, que impede o funcionamento dos refrigeradores.
A mulher disse que o movimento desta quinta-feira não será problema porque até o horário de fechamento, que é por volta das 18 horas, os sorvetes ainda estarão bons para consumo, mas se a energia não voltar, os produtos que derreterem completamente terão que ser jogados fora. A comerciante estima que perderá R$ 3 mil em mercadoria. “Se derreter todo o meu estoque eu não vou ter mercadoria para vender amanhã”, disse.
Maria José Alves, 41 anos, é dona de uma loja na avenida onde o acidente aconteceu. Ela disse que existe uma escola próxima ao local. Se a batida tivesse acontecido meia hora antes, haveria movimentação de crianças pela rua. “Aqui passa muita criança por causa da escola. Se tivesse sido um pouco mais cedo poderia ter acontecido uma tragédia”.