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BOLETIM DA REGIÃO

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Prefeitos do Estado Debatem Demarcações na Assomasul

sexta-feira, 3 de maio de 2013

/ Nova Mídia

Prefeitos de 35 municípios do Estado, vários deles situados na região Cone Sul, deverão se reunir nesta segunda-feira, dia 6 de maio, com deputados estaduais, deputados federais e senadores que integram a bancada de Mato Grosso do Sul em Brasília, com o objetivo de buscar uma solução para as ameaças de demarcação de terras indígenas no Estado.

A confirmação é do prefeito de Iguatemi, José Roberto Arcoverde, o “Zé Roberto”, que também é o responsável pelos assuntos fundiários, sobretudo no que envolve demarcações de terras indígenas, do Conisul (Consórcio Intermunicipal para o Desenvolvimento da Região Cone Sul de Mato Grosso do Sul).
Segundo Zé Roberto, a reunião, que foi convocada pela Assomasul (Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul) e está prevista para acontecer de portas fechadas, na sede da entidade, na capital do Estado, Campo Grande, deverá contar com a presença de deputados estaduais, deputados federais e também de senadores da República por Mato Grosso do Sul.
Segundo os sindicatos rurais e a Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul, já são pelo menos 35 dos 78 municípios do Estado, que estão na mira da FUNAI (Fundação Nacional do Índio) para estudos e futuras demarcações de terras indígenas.
Na região Cone Sul de MS estão entre outros, os municípios de Coronel Sapucaia, Amambai, Aral Moreira, Laguna Carapã, Caarapó, Jutí, Naviraí, Tacuru, Itaquiraí, Paranhos, Sete Quedas e Iguatemi.
Recentemente a FUNAI teria baixado portarias, segundo os sindicatos rurais, para a realização novos estudos antropológicos no município de Dourados, Fátima do Sul e Vicentina.
O fruto de toda essa insegurança gerada já pode ser sentido diretamente em toda a região com terras desvalorizadas e o medo do produtor em investir na melhoria das propriedades tem feito cair as vendas no comércio e também afastado investidores que tinham pretensões de se instalar na região.
Com o objetivo de chamar a atenção das autoridades e da própria sociedade, a classe produtora e agora também a classe política da região tem promovido diversos manifestos pedindo o fim das portarias da FUNAI e dos estudos antropológicos na região.
Na última segunda-feira, 29 de abril, cerca de 3 mil pessoas, segundo a Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul), entre elas, produtores rurais e segmentos do comércio e a sociedade da região atingida pelos estudos e processos de demarcações, estiveram reunidos em Campo Grande, onde participaram de um manifesto durante um ato com a presença da presidenta da República, Dilma Rousseff (PT).
O objetivo, segundo os organizadores da manifestação, era chamar a atenção da presidenta do Brasil em relação ao problema.
Apesar da grande manifestação, durante o ato dois dos principais representantes do Estado, o governador André Puccinelli (PMDB) e o senador Delcídio do Amaral (PT), foram omissos e se quer se manifestaram com a presidenta, pelo menos em público, em relação a questão que vem assolando boa parte da região produtora de Mato Grosso do Sul.
O único representante de Mato Grosso do Sul que saiu em defesa da classe produtora e os municípios afetados pelas ameaças de demarcação foi o deputado federal Reinaldo Azambuja (PSDB).
Delcídio do Amaral quer ser governador do Estado e André Puccinelli sonha com o apoio de Dilma Rousseff para disputar o Senado em 2014 e um embate neste momento poderá atrapalhar seus interesses pessoais, já que a presidente tem mostrado, por meio das ações do Ministério da Justiça e da própria FUNAI, órgãos subordinados diretamente a ela, que é, de certa forma, favorável a questão das demarcações de terras indígenas no país.
Fonte: A Gazeta News 
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