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BOLETIM DA REGIÃO

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Índios liberam funcionários públicos retidos na aldeia de Japorã

terça-feira, 7 de maio de 2013

/ JORNAL EDUCADORA

Índios (MARCOS HOMERO LIMA)
EDILSON OLIVEIRA



Os 40 servidores da Funai (Fundação Nacional do Índio), Sesai (Secretaria Especial de Saúde Indígena), professores e policiais que estavam desde a manhã de hoje (6) na aldeia Porto Lindo, em Japorã, foram liberados a pouco.
Eles foram ao local para participar da 5ª Conferência de Saúde Indígena. Logo ao chegarem evento, foram avisados que não seriam liberados da aldeia até um representante de Brasília fosse enviado.
Entretanto, nenhum represente de Brasília foi à aldeia, e mesmo assim os servidores foram liberados pelos indígenas ao terminar a conferência, segundo a enfermeira da Sesai, Lidélcia Dorneles Ledesma, uma das pessoas que ficaram retidas.
A conferência seguiu normalmente durante o dia, já que os servidores não ficaram amarrados, nem foram torturados, e podiam andar livremente no interior da área indígena. Como não há sinal de celular no local, a comunicação foi feita por um orelhão.
Durante o período em que estavam em Porto Lindo, alguns servidores relataram ao Campo Grande News que clima era tenso e que todos estavam em pânico, apesar da presença de seis policiais da Força Nacional de Segurança e dois policiais militares.
“A liberação foi pacífica. Não houve agressão, e fomos embora ao terminar a conferência”, conta Lidélcia, acrescentando que já estavam na estrada, a caminho de Iguatemi.

ENTENDA O CASO

Uma equipe de pelo menos 40 funcionários da Fundação Nacional do Índio (Funai) e da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) está sendo retida como reféns de um grupo de cerca de 300 índios da etnia guarani, na aldeia Porto Lindo, em Japorã.

Os indigenas querem negociar com os integrantes da regionais da Fundação Nacional do Índio (Funai) a liberação de remédios e melhores condições de atendimento no setor de saúde para os habitantes da aldeia Porto Lindo e do acampamento da comunidade Ivy Katu.

Professores e policiais foi ao local para participar da 5ª Conferência de Saúde Indígena. Os índios logo avisaram que as pessoas serão proibidas de deixar o local até que Brasília envie um representante. Na aldeia não funciona celular e a única comunição é por meio de um orelhão. Por enquanto, os reféns podem utilizar o aparelho telefônico. Eles devem ligar para Brasília.

A enfermeira da Sesai, Lidélcia Dorneles Ledesma, via orelhão, disse que “está todo mundo em pânico”. Segundo ela, havia rumores de que os indígenas promoveriam um protesto devido às condições do atendimento. Os índios estão com o corpo pintado e com arcos e flechas. Eles chegaram de três aldeias e dois assentamentos.

Em uma tentativa de esfriar os ânimos, a programação do seminário prossegue na aldeia. No local, segundo a enfermeira, há seis policiais da Força Nacional de Segurança e dois policiais militares. “Mas acho que ninguém vai tentar sair”, afirma Lidélcia Ledesma. Ela conta que os servidores já estão mais habituados com os índios, no entanto, nunca passaram por essa situação.

O SULNEWS não conseguiu retorno das ligações para a Delegacia de Polícia Federal de Naviraí e para a Funai (Dourados). Extra-oficialmente foi obtida a informação de que a Força Nacional e a Polícia Federal foram acionadas e estão a caminho da aldeia Porto Lindo, em Japorã.

O secretário municipal de Saúde de Japorã, Paulo Franjoti, disse ao MIDIAMAX que os funcionários da comunicação foram ao local e que aguardavam o requerimento da sua presença para verificar o que será exigido ao poder público municipal. "O posicionamento do prefeito e o nosso foi contrário à conferência, principalmente porque necessitamos de mais informação para realizar o evento. Porém, conforme eles pediram, oferecemos toda a estrutura para a realização do evento e agora aguardo o pedido da minha presença para negociar com os manifestantes", finalizou o secretário de saúde.



Fonte: Sulnews/GAZETANEWS
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