Corinthians fracassa na busca de dinheiro na China. Empresários sabem que Zizao não é ídolo, muito menos jogador importante. Trazer um jovem...
Corinthians fracassa na busca de dinheiro na China. Empresários sabem que Zizao não é ídolo, muito menos jogador importante. Trazer um jovem equilibrista de melões não foi assim tão boa ideia…
Basta reverter a situação.
Um ambicioso dirigente de um time popular chinês vem ao Brasil.
Economista metido a publicitário.
Com o auxílio de uma fornecedora de material esportivo busca um jogador.
Atleta sem potencial, desconhecido.
Que nunca atuou por seleção alguma.
O próprio dirigente havia avisado o presidente do clube.
"Vou trazer um brasileiro ruim que é uma desgraça."
Vamos batizá-lo de Tachinha.
E o leva para a China.
Tem uma apresentação para chamar a atenção do País.
Convida o consul brasileiro para discursar.
E com ele, a bateria e as mulatas da Mangueira.
Os orientais ficam hipnotizados pelos opulentos corpos das brasileiras.
Pelo som da cuíca...
Tachinha aparece vestido de sambista.
Com chapéu de palha, camisa listrada e um pandeiro, que não sabe tocar.
Jornalistas sorriem com seu esforço desastrado para falar chinês.
E para agradar, Tachinha diz que vai experimentar a famosa sopa com carne de cachorro.
O empresário puxa uma salva de palmas ao brasileiro que deseja se integrar à cultura chinesa.
E o faz engolir algumas colheradas da sopa para a imprensa fotografar.
Tachinha tenta disfarçar a repulsa.
Pensa na notoriedade e no dinheiro que nunca teria pelo seu fraco futebol.
Chega a hora de ir para campo.
Desesperados para ganhar pela primeira vez o torneio da Paz Celestial, ninguém o leva a sério.
Todos no clube sabem que ele é uma enganação.
Serve apenas para lembrar aos brasileiros que um deles está em uma equipe chinesa.
Treinador e jogadores se divertem com seus chutes fracos, sua falta de talento para driblar.
Como Tachinha é simpático e aceita qualquer brincadeira, adoram lhe ensinar palavrões em chinês.
No primeiro treinamento sério, ele cai e sofre uma luxação no ombro esquerdo.
Acabou a chance de colocá-lo em campo por alguns minutos.
Não no torneio da Paz Celestial, que o time é virgem de conquista.
Ele entraria no falido campeonato da provincia de Qinghai.
Mas o torneio acabará antes de sua recuperação.
A saída para que chame a atenção é outra.
Levá-lo a programas de auditório na televisão.
Mas contratram um intérprete que fala muito mal português.
Suas entrevistas são patéticas, ninguém entende nada.
Não satisfeito com a falta de notoriedade, o economista metido a publicitário faz mais.
O faz distribuir ovos de Páscoa.
E ainda promove uma visita de Tachinha no mercado municipal.
Lá sua maior façanha é ser fotografado equilibrando um melão na cabeça.
Coitado, Tachinha aceita tudo que lhe pedem.
Com esse material promocional, o dirigente chinês volta ao Brasil.
Procura estatais e as maiores empresas.
Diz ter uma proposta maravilhosa.
A abertura do mercado chinês.
Mostra os dvds da apresentação do jogador, dos goles na sopa de cachorro.
As manchetes dos jornais, as matérias vazias da televisão.
A recepção do time.
Por fim ele vestindo a camisa 200, que representa o bicentenário da imigração brasileira à China.
No seu ponto de vista, o país oriental está aberto, esperando investimentos.
As primeiras empresas tupiniquins a chegarem lá estarão feitas.
E nada melhor do que patrocinar o clube de Tachinha.
Qualquer R$ 50 milhões por ano servem...
É isso que o Corinthians está fazendo com o pobre Chen Zhi-Zhao.
O vice Luiz Paulo Rosenberg trouxe esse jogador desconhecido e sem potencial.
Com o auxílio de dirigentes da Nike, que inclusive bancam seu salário.
Rosenberg o fez passar por todo tipo de vexame para aparecer.
Logo na sua apresentação foi batizado.
Descobriu o humor brasileiro.
Deu emocionado uma camisa a uma corintiana grávida, que se dizia filha de chineses.
Ela prometia colocar o nome do filho de Zhi Zhao.
A diretoria corintiana comemorou o inesperado.
Os jornais deram destaque.
Mas tudo não passou de uma armação do programa de Danilo Gentili.
E a suposta mãe era uma atriz com um travesseiro na barriga.
Em pleno salão de festas corintiano.
Isso Rosenberg faz questão de tentar esquecer.
Tirando esse mico, cada atividade de Zizao foi filmada, fotografada.
De posse desse material, o dirigente está na China.
Quer de qualquer maneira encontrar um patrocinador para o Corinthians.
Espera que o clube consiga vender 'milhões de camisas', como prometeu à diretoria.
E arrumar amistosos com os clubes mais poderosos, com a Seleção Chinesa.
Por enquanto, sua missão está sendo um fracasso.
Ninguém na China tem ideia de quem seja Chen Zhi-Zhao.
Ou Zizão, como foi rebatizado pela Nike.
Sua chance de atuar no fraco Campeonato Paulista acabou.
Contundido, não pôde entrar em campo quando as partidas não eram para valer.
Para a Libertadores nem foi inscrito, de tão ruim.
No Brasileiro talvez atue nos últimos minutos de algum jogo em que o time estive ganhando bem.
Com pelo menos três gols de vantagem.
Tite convidou o chinês para se concentrar contra a Ponte Preta.
Vai ouvir até a palestra.
Mas não ficará nem no banco de reservas, com o time já classificado.
Não foi inscrito no Paulista...
"Será apenas para ele ter um gostinho", me diz um membro da diretoria.
"Ter um gostinho..."
A histórica jogada de marketing que Rosenberg havia prometido é um fracasso.
Serve apenas de piada para outros clubes.
Trazer um desconhecido chinês sem potencial não encantou os empresários orientais.
Não são impressionáveis quanto o vice presidente acreditava.
Zizao equilibrou melões no Mercado Municipal à toa.
Pelo menos para o Corinthians.
Porque para ele tudo é lucro.
Na China estava jogando futebol de salão quando recebeu a proposta da Nike.
Sem nada a perder, veio para o Brasil.
A chance de ganhar um bom dinheiro e ainda ser reconhecido pelo futebol que não possui.
O que para Zizao é uma lucrativa aventura, ao Corinthians é um vexame.
E só mostra como somos provincianos.
Caipiras com mania de grandeza.
Nos acreditamos espertalhões e que o resto do mundo não pensa.
Só isso explicaria tanta pretensão de Rosenberg.
Convencer algum chinês mandar milhões ao time brasileiro.
Apenas por ter um desconhecido compatriota vestindo com uma camisa 200.
Cujo maior talento é equilibrar melões na cabeça no Mercado Municipal...
É válida a tentativa do Corinthians em chamar a atenção dos chineses, levando em conta o numero populacional do País. A China é o maior país da Ásia Oriental e o mais populoso do mundo, com mais de 1,3 bilhão de habitantes. É um número tentador, se visto pelo lado financeiro que o clube poderia arrecadar. Mais apostar em um jogador não popular, é murro em ponta de faca. O Corinthians sequer tem condições de formar "prata da casa" em ídolo, de que dirá de um papa grilo! Timin sin vérgóin!! Não é atoa que é conhecido pelo mundo como Small Club. (time pequeno - de acordo com a CNN) ashuashuashua...
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