Uma manifestação contra as ameaças de retomara, por parte do Governo Federal, de terras privadas para transformação em aldeias indígenas, promete parar a Mato Grosso do Sul, o Paraná e vários outros estados brasileiros que enfrentam o mesmo problema.
O movimento, marcado para acontecer no dia 14 de junho, sexta-feira que vem, deverá acontecer de forma sincronizada em todo o País e se estender das 9h da manhã até às 15h.
O manifesto, que tem a frente da coordenação a Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul) em MS, os sindicatos rurais e as federações agropecuária dos estados envolvidos, irá reunir, além de produtores rurais, segmentos da indústria e do comércio, representantes do poder público, de entidades de classes e da própria população.
Segundo o presidente do Sindicato Rural de Amambai, Diogo Peixoto, a manifestação será pacifica e não haverá bloqueio de rodovias.
“Iremos apenas realizar panfletagens com o objetivo de mostrar à população, a gravidade da situação, também na área de possíveis conflitos no campo, mas principalmente no impacto econômico que os municípios, os estados e o País irão sofrer, caso as demarcações de terras produtivas continuem”, disse o presidente.
Em Nova Alvorada e no Rio Paraná
Para que o impacto visual da manifestação, que também tem por objetivo alertar o Governo Federal para a necessidade de barrar os processos demarcatórios, fosse maior, foram escolhidos dois pontos estratégicos.
Em Mato Grosso do Sul os manifestantes irão se concentrar no trevo em Nova Alvorada do Sul, onde a BR-163 faz junção com outra rodovia federal que liga a região ao estado de São Paulo.
No estado do Paraná o manifesto está previsto para ser realizado na região da ponte sobre o Rio Paraná, que liga Mato Grosso do Sul ao Paraná, em Guaíra.
Cone Sul se dividirá
A região Cone Sul de Mato Grosso do Sul, onde a quantidade de terras na mira do Governo Federal através da FUNAI (Fundação Nacional do Índio) para fins de demarcações é a maior do Estado, inclusive em alguns casos passando da metade de toda a área territorial do município, como é o caso de Coronel Sapucaia e Aral Moreira, os grupos de manifestantes irão se dividir.
Produtores e segmentos sociais de Amambai e municípios da região, como Amambai, Caarapó e Coronel Sapucaia, por exemplo, deverão engrossar o coro do manifesto em Nova Alvorada do Sul.
Já representantes da classe produtora e de segmentos sociais de municípios do extremo sul do Estado, como Naviraí, Itaquiraí e Iguatemi, por exemplo, poderão aderir ao manifesto promovido pelo Paraná na cidade de Guaíra.
Sindicato disponibilizará ônibus e estrutura
De acordo com a direção do Sindicato Rural de Amambai, o SR local irá disponibilizar vários ônibus gratuitamente para transportar a população do município até o local da manifestação no dia 14.
Segundo o SR, no local também será montada uma ampla estrutura com água e alimentação gratuita à todas as pessoas que aderirem ao movimento, que está sendo denominado “Onde tem Justiça, tem Espaço para Todos”.
As pessoas e representantes de segmentos interessadas em aderir a manifestação contra as demarcações na próxima sexta-feira em Nova Alvorada do Sul, deverão entrar em contato com o Sindicato Rural de Amambai até no máximo a quarta-feira, dia 12 de junho, pelos telefones; (67) 3481-1093 ou (67) 9912-5554 e 9912-2552 para realizar o agendamento.
De acordo com o Sindicato Rural de Amambai, todas as pessoas de Amambai e região poderão participar do manifesto pela não demarcação.
Fonte: A Gazeta News