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VISTA AÉREA DA ALDEIA ONDE O INDIO MORAVA |
Segundo a PC, o guarani-kaiowá, morador na Aldeia Paraguassu, em Paranhos, foi assinado a tiros por um indivíduo desconhecido após receber pagamentos por diária de trabalho em uma fazenda situada próximo a aldeia, onde inclusive o pai da vítima, um indígena de idade bastante avançada, trabalhou por vários anos e matem bom relacionamento com os patrões.
O pai da vítima estava junto no momento que o filho foi morto e não teria sido alvo do executor, segundo a polícia.
Na manhã dessa quinta-feira (13) o delegado, Dr. Rinaldo Moreira, que é titular na Delegacia de Polícia Civil de Sete Quedas, mas responde pelo expediente na Delegacia de Paranhos, que há mais de ano está sem delegado titular, vai ouvir o pai e familiares da vítima para buscar mais informações e tentar desvendar o crime, que pode ter sido comedido por vingança, segundo a polícia.
Segundo a Polícia Civil de Paranhos, que esteve na Aldeia Paraguassu, que fica situada às margens da Rodovia MS-295, a cerca de 25 quilômetros da cidade, na manhã dessa quinta-feira, apesar de amigos e familiares da vítima estarem chocados com a morte, o velório transcorre normalmente e não existe clima de tensão.
Produtores temem pretexto para invasões
Apesar da morte do indígena não estar ligada as questões de demarcações de terras, feito que tem tirado o sossego da classe produtora e de toda a população indígena e não indígena do Cone Sul do Estado, em Mato Grosso do Sul, produtores rurais temem que grupos que manipulam índios para fins de invadir terras no Estado, entre eles, segundo a Famasul (Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul) o CIMI (Conselho Indigenista Missionário) órgão ligado a Igreja Católica, possa fomentar invasões da propriedades na região usando o crime como pretexto, como já ocorreu em outras ocasiões.
No site do CIMI, apesar da polícia que investiga o caso dizer o contrário, o órgão afirma que a morte do guarani-kaiowá Celso Rodrigues, foi cometida por “pistoleiros”, dando clara conotação, apesar dos levantamentos preliminares realizados pela polícia até o momento apontar para outra direção, que o crime foi cometido por conta de confrontos fundiários.
O indígena Celso Rodrigues, de 34 anos, residente na Aldeia Paraguassu, em Paranhos, assassinado a tiro ontem (12) será enterrado na fazenda onde o crime ocorreu, uma propriedade rural situada nas proximidades da reserva indígena, mas segundo as informações, já no município de Sete Quedas.
Fonte: A Gazeta News